Você tem alguma ideia de quanto dinheiro circula no mundo? É uma pergunta intrigante, não? Enquanto conseguimos contar as cédulas na carteira, calcular todo o dinheiro existente globalmente é uma tarefa complexa. Além disso, será que o dinheiro é realmente a melhor representação de valor?
Neste artigo do site Muito Rico, conversaremos sobre os cálculos do dinheiro físico no planeta, exploraremos o conceito de riqueza e discutiremos o que consideramos valioso em nossas vidas.
Quanto dinheiro circula no mundo?
Determinar o total de dinheiro físico em circulação é relativamente simples, já que essa responsabilidade pertence aos bancos centrais de cada país.
De acordo com dados apurados pela IFLScience em setembro de 2024, os valores do meio circulante eram os seguintes:
- Reino Unido: £96,5 bilhões
- Estados Unidos: US$ 5,6 trilhões
- União Europeia: €4,8 trilhões
- China: ¥12,2 trilhões
Somando essas quantias, chegamos a um total global que ultrapassa £6 trilhões (ou aproximadamente R$ 44,7 trilhões). Contudo, esses números podem variar rapidamente devido às flutuações econômicas e taxas de câmbio.
Além do dinheiro físico, existe o agregado monetário M1. Ele inclui o papel-moeda em poder do público e os depósitos à vista em instituições bancárias.
Por exemplo, no Reino Unido, esse valor salta de £96,5 bilhões para impressionantes £2,2 trilhões ao considerar os fundos eletrônicos instantaneamente disponíveis.
Dinheiro e riqueza não são a mesma coisa
Agora, vamos dar um passo além. Embora seja fácil associar riqueza diretamente ao “dinheiro físico”, a história não é tão simples assim.
Um dos exemplos mais fascinantes é o de Elon Musk, que certa vez declarou não ter “muito dinheiro”. Isso, mesmo sendo dono de uma fortuna avaliada em bilhões.
O professor de economia Renaud Foucart, da Universidade de Lancaster, explica que muitos dos indivíduos mais ricos do mundo possuem imóveis, empresas e ações, mas mantêm uma parcela mínima de sua fortuna em dinheiro.
Isso acontece porque ativos como negócios têm o potencial de gerar mais riqueza no futuro, diferentemente do dinheiro, que simplesmente é armazenado.
Portanto, riqueza é algo que vai muito além do papel-moeda. Ela inclui propriedades, investimentos, joias e até mesmo recursos naturais inestimáveis.
A destrutividade de converter valores em dinheiro
Uma das questões mais polêmicas do pensamento econômico moderno é a monetização de tudo. Ao tentar converter toda riqueza imaterial em dinheiro, nós, muitas vezes, causamos destruição.
Tome como exemplo a exploração de ouro na Amazônia, que leva à degradação de ecossistemas inteiros apenas para gerar ativos monetários.
Outros aspectos que possuem valor incalculável, como a biodiversidade, o lazer pessoal e a qualidade de vida, também são frequentemente sacrificados em nome do lucro.
Muitas vezes, nos deparamos com dilemas difíceis. Até que ponto vale transformar algo de valor intangível em riqueza palpável?
Nem todos os tipos de riqueza deveriam ser transformados em dinheiro, pois isso coloca em risco nossa saúde mental, bem-estar e até o futuro do planeta.
Quando o dinheiro não consegue mensurar o valor
Dinheiro é, sem dúvida, uma das formas mais universais de expressar valor. No entanto, nem tudo pode ser mensurado por ele.
Pense na importância de um ecossistema saudável, nas memórias criadas ao lado de amigos e familiares ou no tempo que dedicamos ao autocuidado.
Esses são valores intangíveis. Eles não podem (e não devem) ser medidos apenas pelo seu poder de conversão em moeda corrente.
Reflexão final!
Entender o valor do dinheiro e da riqueza vai muito além dos números exibidos pelo saldo bancário. Embora calcular o total do dinheiro físico no mundo nos dê uma perspectiva sobre as finanças globais, isso não abrange a totalidade de valores que fazem nossas vidas valerem a pena.
Antes de buscarmos converter tudo em lucros financeiros, talvez devêssemos refletir sobre o que realmente significa riqueza. Afinal, algumas coisas são simplesmente inestimáveis!
